Ontem, na aula (as minhas aulas têm esta hipótese de qb de intimidade em algumas unidades curriculares*) os moços desataram a falar das suas fragilidades e do que os fazia sentir mal. Eu estava estupefacta com a diferença entre os meus 18 anos e os deles. Quase todos se afirmavam negativos, pouco confiantes, com pouca auto-estima (mas quem é que os terá ensinado a usar esta palavra...), num painel impressionante de depressão colectiva em idade tão jovem. Que lhes teremos feito? O que é que este país lhe terá dado? Eu aos 18 anos tinha imensa esperança, queria fazer muitas e muitas coisas e apesar de ser reservada e tímida, tinha confiança nas minhas capacidades.
Só um dos jovens se destacou para dizer: eu, o que eu tenho medo é da minha raiva, medo de levar tudo à frente.
Ora estamos conversados.
~CC~
* também é a palavra da moda para disciplinas ou cadeiras.
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