Lentamente vamos observando os traços da velhice a chegar. Antes preocupava-me se gostavam de mim, isso era um ingrediente chave do meu desempenho profissional e da relação pedagógica com os estudantes, esse desejo de reconhecimento das minhas qualidades profissionais.
Agora preocupo-me se gosto deles, se os reconheço na sua integridade e humanidade, se sinto que vale a pena a luta. Fico derrotada e infeliz se tal não acontece.
Ontem ganhei aqui mais uma ruga, uma espécie de cicatriz de valor e se ninguém a vir como tal, pouco importa.
~CC~
A mudança existe, primeiro em nós e só depois nos outros.
ResponderEliminarAbraço
Não percebi, pelo menos em relação com o que disse.
EliminarFico com o abraço e está bem.
~CC~
Nos prós e contras está a beleza da essência da vida, não é verdade?
ResponderEliminarCada idade tem a sua beleza. Não se preocupe com as rugas.
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Um dia feliz
Cumprimentos
Tem dias Ricardo, mas na maior parte do tempo não me preocupo com as exteriores e agradam-me as interiores.
Eliminar~CC~
As rugas são produto de viver. Mas mudam-nos o rosto, sem dúvida. Penso que as que deixamos alojar na alma são mais danosas, não há calor que as desmanche. Portanto, CC, a sua ruga de valor aí está a mostrar talvez uma peleja, uma preocupação demorada, ou dor mais fina. Decerto que os alunos gostam de si e os reconhece no que são. Quem sabe a ruga lhe vem desse trabalho de entendê-los.
ResponderEliminarOlho para trás e não sei mesmo se era isso que queria, que os alunos gostassem de mim. Talvez seja o que toda a gente quer, de uma forma ou de outra e portanto eu inclusa. Mas não me parece que fosse desejo explícito e propositado. Eu, de certeza, gostava deles. Foram, a par de alguns elementos familiares, razão forte da minha vida.
Gostava de encarar assim cada nova ruga que descubro em mim, como "uma espécie de cicatriz de valor"...
ResponderEliminarAs de dentro são quase sempre cicatrizes de valor sim e aposto que a Luísa as tem, pois valor é coisa que não lhe falta.
Eliminar~CC~