Depois de três doses da vacina, dois confinamentos e a crença cada vez mais enraizada em todos de que a pandemia já tinha passado, o contágio aconteceu sem percebermos como. O vírus não se instalou apenas no teu corpo já cansado de 93 anos, entrou como uma avalanche.
Por ti farei esse acto irracional. Uma vela de uma descrente num santo que não é santo. Eu serei crente e ele será santo. E poderei novamente ouvir-te dizer que tens saudades minhas, há tão pouca gente a dizê-lo. Com o tempo aprendeste a exprimir essas emoções, coisa que te faltou durante tanto tempo. Eu também tenho saudades tuas, de me fazeres escolher entre a écharpe a, b, c ou d para uma simples saída tua ao café. Faz agora um ano levei-te ao fim da tarde a comer caracóis e meteste conversa com todas as mesas da esplanada, foi uma festa. Temos que voltar lá.
~CC~
Como o lamento, CC. Também por serem 93 anos. Será mais uma prova a vencer. É preciso acreditar que a avalanche passa e ainda vão voltar a comer caracóis. Neste caso, as palavras pouco fazem, mas penso em si e na situação difícil que atravessa.
ResponderEliminarUm beijinho
Palavras sabem sempre bem, obrigada. Beijinho
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