Registei-a antes de ser notícia.
Não são todas as aldeias que se situam no Km 500 da N2.
Não tem um nome especialmente bonito mas garanto-vos que as casas brancas com barras ora azuis, ora amarelas, são, como em todo o Alentejo, as melhores para agarrar os tons do crepúsculo.
Maldita rota esta a do vírus que que apanha aqui e ali um lugar tranquilo, onde os mais velhos estavam a querer tornar aos bancos do largo para poder lembrar o que há muito se passou. Chamam-lhe surto, mas tenho a certeza que alguns o designarão apenas como um mau olhado.
Não há já nenhum lugar seguro, incólume, protegido.
Ainda assim tendo a pensar que o que aquilo que me disse hoje o homem que me lavou o carro com o rosto inteiro visível não é bem verdade. Quando lhe perguntei porque não usava máscara, mexendo no carro de tanta gente e estando próximo dos clientes, respondeu-me que seria o que tivesse que ser. Mas já o ouvi mais vezes a várias pessoas, por crença ou cansaço, entregam ao acaso (ou a Deus?) o seu destino como se elas nada pudessem fazer por si próprias.
~CC~
e é uma aldeia bem alentejana:).Mas é que há mesmo coisas que são o que têm de ser. Entregam-se a Deus e ao acaso por não estar na mão dos homens resolvê-las, por cansaço, por impotência. E até por mais motivos. Os alentejanos são vagarosos fatalistas.
ResponderEliminarBea, desta vez fiz o interior e o litoral e mais faria se pudesse, parte de mim já mora aí:)
Eliminar~CC~
Há aquela frase que ouço amiúde: "vamos todos apanhá-lo". Poderá ser. Mas antes tarde que cedo, e que seja com cura garantida.
ResponderEliminarPartilho Luísa, antes mais tarde...
ResponderEliminar~CC~