Todos os dias a conversa do corredor para o Reino Unido. Serei eu a única farta desta conversa?
Não pode ser um corredor para o Japão? Parece que também por lá há gente rica, com possibilidades de animar o turismo do Algarve e da Madeira, sobretudo aquele que não se soube reconverter e consiste em colocar as pessoas meia dúzia de dias empilhadas numa torre cheia de quartos, as faz passar o dia em torno de uma piscina e os serões nocturnos em joguinhos de bingo e afins. Há uns anos num desses resorts uma estudante que apoiava num estágio tentou por tudo fazer uma feira de sabores locais, projecto que acabou no lixo, a administração dizia que os turistas procuravam os mesmos produtos que tinham em casa.
Em Sagres, o proprietário de uma das cervejarias mais conhecidas disse-me que desde o início do Verão que estava sempre tudo cheio ao almoço e ao jantar. Pela primeira vez, a maioria eram portugueses. Mas segundo ele, comem tanto ou mais do que os outros...e nem pedem peixe com batatas fritas...
~CC~
Só não estou farta porque resolvi tirar férias de notícias. É um bocadinho de avestruz mas sabe bem. Ainda assim, hoje na hora do almoço, ouvi o que mais repugna e entristece, mais uma morte por racismo nos Estados Unidos (talvez j´não seja de hoje, mas para mim, foi). E isto sim, carcome o bom humor e até avança pela vontade de viver adentro. Tanto século e não se aprende nada.
ResponderEliminarBea, o ruído do mundo é tanto que nunca se desliga completamente, mesmo quando se quer. O racismo sempre esteve lá, escondido, envergonhado, agora sai à rua e perde a vergonha, isso mostra que o mundo não avançou como pensávamos. Fico entre a tristeza e a indignação mais sei que a segunda me leva mais longe.
Eliminar~CC~
Acredito que a pandemia vai forçar muita reconversão. Ainda assim, penso que já muitos estrangeiros procuram os nossos sabores.
ResponderEliminarLuísa, o Algarve precisa com urgência dessa reconversão, mas há gente que só tem saudades dos anos 80.
ResponderEliminar~CC~