Foi num destes domingos já passados. Abri a porta de casa e ouvi barulho na cozinha. Corri ligeiramente o cortinado e confirmei a presença da vizinha na varanda. Com ela, uma amiga.
Tudo parecia ser como antes, os copos de Gin, as gargalhadas, a música alta.
Mas durou apenas uma tarde, aquela tarde. Desapareceu novamente e verifiquei que a varanda estava tão suja como antes. Significa isso que nem a limparam para a tarde de festa, fizeram-na ali entre a sujidade deixada pelos pombos. Só não fiquei mais estarrecida por imaginar que depois de umas quantas bebidas todos os lugares se possam assemelhar a um pedaço de paraíso. O mundo está mesmo a ficar um lugar estranho.
~CC~
Sabe, ao menos, que a vizinha não morreu. E que continua a gostar de divertir-se.
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