Há quanto tempo não a via, fiquei ali a olhá-la e a pensar em todas as vezes que a perdi, de tal modo que até lhe coloquei o meu nome, o que veio a revelar-se muito útil. A chave do meu gabinete na escola, tão valiosa e agora quase esquecida. Mas já não sei se o que sinto é saudade ou apenas nostalgia. E a eventualidade do regresso traz-se sentimentos ambivalentes, traço comum a estes tempos em que a estranheza das coisas se tende a tornar a realidade das coisas, em que não queremos este mundo mas também já não queremos o outro, tal qual era.
Ou talvez seja apenas dezembro, para mim o mês mais nostálgico do ano, aquele em que a minha infância me espreita mais.
~CC~
Este mundo tornou-se mesmo um lugar estranho.
ResponderEliminarDesafios, prefiro pensar assim!
Eliminar~CC~
Bom, a CC terá os seus motivos, mas eu quero o outro de certeza. Dada a conjuntura, não creio que me chegue melhorado. Mas que chegue. Vou dar-me por feliz se entre no super sem máscara, beije as pessoas de quem gosto e quando me apeteça, pratique natação e faça uma ou outra viagem a Lisboa e Setúbal a rever lugares e amigos. Pode isto ser nostalgia, mas é também saudade de um tempo descomprometido e que é, seguramente,qualitativa e abissalmente superior a confinamentos e afins.
ResponderEliminarBoa tarde de chuvinha
Bea, aprendi algumas coisas também com este confinamento, ganhei gostos e visões que antes não tinha. Uma delas: metade da minha vida foi passada fora de casa, nunca fui muito de ficar no ambiente doméstico, mais de andar na rua e em múltiplos eventos. E agora gosto, assim como de estar sozinha, no meu mundo.
ResponderEliminar~CC~