Como vos disse, mudei a minha forma de encarar as facturas, hoje não quero saber delas para nada.
Mudei a minha forma de encarar os pedintes nas ruas. Nunca dava uma esmola, achava que era o Estado que devia cuidar deles, o meu contributo estava saldado com o pagamento dos impostos. Às vezes propunha-me para lhes pagar qualquer coisa para comer. Para além disso, considerava que dar era contribuir para este modo de vida, era alimentar a dependência. Além disso, muitos de nós acreditavam que eles podiam arranjar trabalho, se não o faziam, era também porque não o queriam fazer.
E agora?!
Não há trabalho, o Estado só cuida dos bancos descapitalizados. Ainda temos o banco alimentar e similares...mas penso porque darei a organizações que vivem disto...mais vale dar directamente a quem pede na rua o que posso. E dou, passei a dar.
Mas às vezes não sei como viver quando ruiu metade daquilo em que eu acreditava.
~CC~
Não é fácil, mas vive-se -- vai-se vivendo.
ResponderEliminarSim, vai-se vivendo...mas esta dor já não sei se a conseguimos ultrapassar. É claro que há momentos bons, isso queriam eles, retirar-nos tudo. A luta passa também pela nossa capacidade de nos rirmos e de nos encontrarmos uns com os outros.
ResponderEliminar~CC~
Vai-se vivendo...é o que penso.
ResponderEliminarJá com poucos momentos bons!