Na mesa só havia carnes grelhadas e peixe grelhado. Mas como o restaurante era do tipo popular, brilhavam no centro duas travessas de batatas fritas. Ninguém lhes tocou. Depois levaram os pratos e houve aquele interregno até às sobremesas. E a senhora deixou ficar as travessas com as batatas fritas. E foi naquele momento entre uma coisa e outra, distraídos, que uma ali, outra acolá, nas pinças dos dedos, as batatas foram desaparecendo. Até que a senhora mais magra da mesa (não, não era eu, já não) comentou horrorizada: mas vocês comem batatas fritas!!!! E foi um limpar de dedos nos guardanapos, que tinha sido só uma, quanto muito duas, e que tão poucas nem podiam fazer mal, que nunca comiam, passavam "meses" sem. E eu ainda vejo a expressão de horror nos olhos dela, nem quero imaginar como seria se fossem antes passarinhos fritos. Foi a isto que chegámos.
~CC~
«Tudo o que é demais é moléstia», CC. Já não se pode ter um gosto, sem o olhar de reprovação de um certos fundamentalistas. Lembra-me um episódio que há tempos se passou comigo: quando,num intervalo no trabalho, comia uma simples bolacha Maria, para acompanhar um iogurte líquido, uma colega voltou-se para mim, indignada, perguntando-me se não me bastava o iogurte. Na hora, fiquei sem resposta, assim como as restantes pessoas. Enfim...
ResponderEliminarBoa semana, CC.
Sem dúvida Deep, também gosto de comer de forma saudável, mas sem fundamentalismo. No outro dia, numa tasca à moda antiga, até provei asinhas de frango fritas bem picantes...não comi uma dúzia mas duas...e o que teria perdido se não as tivesse provado.
ResponderEliminar~CC~