Parece que a palavra do ano é "enfermeiro" não obstante ser uma profissão maioritariamente feminina. Ainda duvidaram se seria "professor", não obstante a profissão ser maioritariamente feminina. Não, não vou tão longe que pense que temos que ser "presidentas", uma vez que a designação "presidente" não tem um "género" definido, já o mesmo não se passa com as que acima referi.
Ainda hoje, depois de mais de 30 anos de profissão, costumo acrescentar o "a" quando me dão coisas para assinar em que me chamam professor. Será que eles aceitariam assinar alguma coisa em que os tratassem por professoras e enfermeiras?
E claro, vistam-se (eles e elas) de todas as cores!
~CC~
Há usos com raízes muito fundas. Mas, de facto, não encaixo bem essa das presidentas. :)
ResponderEliminarCC, as convenções só por si, e que não são utilizadas com propósitos violentos de qualquer tipo, não fazem mal nenhum serem perpetuadas.
ResponderEliminarPor isso, a norma de linguagem que leva a ler-se o conjunto no masculino - como é o caso referido dos grupos de profissionais (enfermeiros, professores, etc.) - não deve ser interpretada como discriminatória.
É também uma facilidade de linguagem, para evitar o uso repetido do nome do grupo, ora na versão masculina ora no modo feminino.
Claro que se estiver a falar com uma mulher não o trato por professor, mas sim por professora.
Luísa, a tradição nem sempre é uma coisa a respeitar, também pode ser uma coisa a mudar.
ResponderEliminarIsabel, mas estamos a usar o masculino universal para significar toda uma classe profissional, concordaria consigo se a palavra tivesse sido no plural: enfermeiros. Mas nem foi o caso, por isso sim, acho-a discriminatória e gera-me desconforto. Também não gostei de levar uma vida a assinar como "professor".
~CC~
CC, mas não dizes que a palavra do ano foi "enfermeiro"? Referes-te a um facto, certo? Que houve muita gente, homens e mulheres, a dizê-la e a escrevê-la, em variadas situações. Que discriminação se pode inferir daqui, em sede de generalidades?
ResponderEliminarIsabel, a "palavra" é colocada à votação por uma editora, logo a mesma podia ter escolhido "enfermeiros" englobando assim os dois géneros que a profissão comporta, ainda por cima sendo a mesmo maioritariamente feminina. Acho que assim respeitaria mais as mulheres.
ResponderEliminar~CC~
Mas melhor ainda seria colocar enfermeiros e enfermeiras...A linguagem não forma o mundo mas ajuda. O poder alimenta-se de pequenas coisas, nem tanto assim de grandes.
ResponderEliminar~CC~