É verdade que a música retrata um ele que chega e uma história de amor que (re)começa. Nada nela se adequa à sua chegada, a não ser aquele ritmo de valsinha brasileira.
Mas foi a música que ouvi dentro de mim quando a vi chegar. Ela diz que é outra. Talvez...mas ainda se esquiva a abraços apertados, tem o mesmo sorriso grande, as duas rosas de cor no rosto. O brilho nos olhos que traz também vi algumas vezes, mas agora parece estar intenso, fruto do muito mundo que viu.
Teremos tempo para avaliar as maturações interiores, os desejos que ficaram, as coisas que ainda fizeram falta. Certo é que nunca esteve na realidade longe porque o longe é um desencontro que nunca sentimos, uma dor que nunca se instalou. Esteve sempre perto, agora é só um perto diferente, feito de mais sentidos, mais calor, mais hipóteses de partilha.
É bom que tenha ido, é muito bom que tenha regressado.
~CC~
PS. O Erasmus é de longe o melhor passaporte europeu que há.
Apesar de perceber o alcance, sempre me soou mal aquela expressão de que os filhos querem-se longe da vista e perto do coração. Dizer adeus não é fácil, mas chega um momento em que é preciso.
ResponderEliminarE para haver um prazer imenso no reencontro, na descoberta das pequenas e grandes mudanças... teve que haver uma partida.
A minha filha nunca quis fazer Erasmus, nunca quis sair da sua zona de conforto. Fiz-lhe ver os prós. Não fui bem sucedido. Lastimo. Deveria tê-la obrigado?
Concordo sobretudo com o PS. que explica o resto :).
ResponderEliminarJoaquim, obrigado acho que não, se estimulou fez bem o seu papel. É o que tento fazer com os meus estudantes e a maioria não vai, razões económicas explicam muita coisa pois as bolsas não são suficientes. Mas há mais razões...às vezes só mais tarde se percebe o quanto se perdeu.
ResponderEliminarBea, nas pequeninas notas é que está muita coisa:)
~CC~