terça-feira, 8 de outubro de 2019

Podia ser outra



Quanto eu queria aprender a não dizer tão assertivamente o que penso. Quanto eu queria aprender a não ser tão transparente relativamente ao que sinto. Teria outro conforto, outra tranquilidade, a soberba da indiferença.

~CC~

6 comentários:

  1. e ando eu a aprender a ser transparente, como se um direito se tratasse. e trata.

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  2. ~Sobre este post~ Quando a CC nasceu não trazia manual de instruções, era pura e transparente. É costume dizer-se que a vida nos ensina, a experiência é mestra e que hoje somos melhores que antes. Concordará comigo que a vida em sociedade lhe fez mal; deixou de ser a 'boa selvagem' (à maneira de Rousseau).

    ~Ainda sobre o post anterior~ Preocupo-me mais com os valores do que com a política, onde cada vez mais aqueles escasseiam. Governar é uma arte e não uma ciência, que nos oferece espectáculos deprimentes. Procuro as causas sociais no surgimento do populismo, e se calhar encontro algumas... é nos bairros próximos de ciganos que o Chega se reforça; tratamos melhor os ex-colonizados (Brasil incluído) que eles a nós (a título de exemplo pense no número de nascimentos e respectivos abonos de família e outros).
    Quanto aos erros do capitalismo, são todos remediáveis mediante uma justa tributação e a vida ensina-me que não se deve procurar uma igualdade imaginária entre os homens, mas uma equidade decente.
    Quanto ao resto, não gosto de modas, não gosto de andar em manada. Gosto de pensar pela minha cabeça. Não gosto de missas. Não gosto de manipuladores de consciências. Sou individualista, nunca me filiei em partido, associação ou clube.
    Quando me dizem 'vem por aqui', não vou e prefiro andar em 'contramão'. Gosto de recomendações, sugestões, publicidade (o trabalho artístico); mas a decisão final é minha.
    Tive uma cadela, não deixava dejectos na rua, muito antes de haver PAN. Poupo água, luz, comida. Roupa que deixei de usar, não deito fora - doo. Só não poupo nos livros, nos livros em papel, detesto os digitais.
    Detesto coisas que não funcionam; quando se tornam imprestáveis deito fora. As 'coisas' comigo duram muito; trato, cuido, conservo mas somente na justa medida da sua utilidade.
    Há mais de 40 anos que não compro 'pinheiro de Natal', que quando faço picnics não deixo na floresta nem uma migalha, que quando vou à praia vou carregado de saquinhos e saquetas; e nesse tempo não havia Verdes, nem 'ecologistas' Só o Greenpeace.

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    1. Joaquim, o senhor está a aproximar-se muito da santidade. Cuidado, que pode acontecer-lhe como a Ícaro. Que é isso de nos piqueniques não deixar nem uma migalha?! anda a varrer as ervinhas ou a areia do chão? E para que leva tanto saco para a praia???! se são plásticos ai ai ai.
      Tratamos melhor os ex colonizados que eles a nós?! Damos-lhes porventura mais do que deram por exemplo os franceses aos nossos emigrantes? E as crianças são uma benção num país tão envelhecido como o nosso. Na minha terra ver uma grávida é quase como ser natal, alguém a passear um carrinho de bebé é uma sorte. Que ao menos os estrangeiros que aqui vivem tenham filhos. Vamos roubar-lhes o abonos de família?! Ora esta.
      Mau Maria, não me diga que andou a votar nessas direitas de fim de estrada.
      Ou talvez eu esteja a entendê-lo mal.

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  3. Oh Ana, é bom, mas às vezes é um bocadinho duro:)
    Joaquim, justamente, ainda sou um bom bocado selvagem!
    Bea, da santidade...ah, ah, sempre quero ver o que diz o Joaquim.
    ~CC~

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  4. Ai Bea, Bea, vivemos realidades diferentes; a senhora mora no campo ou numa cidade de província (portanto no paraíso) eu vivo nos subúrbios de uma grande cidade (portanto próximo do inferno).
    Sossego-a, não voto em extremas, nem de direita, nem de esquerda.

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    1. sou do campo e vivo numa cidade de província. É como diz, um paraíso que poucos querem. O senhor vive nos subúrbios da cidade grande, um inferno cheio de gente. Coisas. Fiquei mais descansada, sim (quanto ao voto, claro).

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