quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

A cor do ano

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Esta cor divide-me. 

Mergulho nela como num manto infinito de paz e silêncio e consigo respirá-la, insuflá-la, senti-la a preencher-me lentamente o peito, a dirigir-se para o ventre, a espalhar-se pelas minhas pernas e braços, sobe-me à cabeça e os meus cabelos tornam-se azuis. Acho que consigo ficar tão leve que posso voar.

Mergulho nela e sinto-a gelada, quero fugir-lhe, mas é como um nada que me apanha e me tolhe os movimentos, é como o vazio da morte quando ela nos ronda. Ganho-lhe medo.

Creio que o problema está no clássico, o clássico tem sobre mim este duplo efeito de atracção e afastamento. Penso em como será toda a cambiante de azuis não clássicos, hei-de descobri-los. 

~CC~


4 comentários:

  1. :))). O azul, seja ou não clássico, é dito uma cor fria. Mas também apaziguante. Diz-se que quem gosta da cor é inteligente, racional, etc, etc. Não é cor de que goste particularmente. Mas, como sou um bocado clássica, talvez o azul escuro me agrade um bocadinho. Também gosto do céu azul, mas o azul do céu só há no céu. E nem esse lá está:).
    Boa noite

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    1. Pois, também lhe encontro essa duplicidade: por um lado fria, por outro apaziguante.
      Um bom sábado.
      ~CC~

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  2. Quantas gamas e nomes há de azul? Foi a pergunta que me fiz ao ler este post. :)
    Gosto deste.

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    1. Muitas, muitas...se até do branco há...
      Ainda bem que gosta, é a cor do ano!
      ~CC~

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