Para resistir pensa na pele de alguém que amas, nesse modo como duas peles se tornam mais quentes quando juntas. E se não amares ninguém, nem puderes pensar na pele de alguém em particular, sonha uma pele para ti. Pensa em como seria a sua textura, o seu cheiro, a sua temperatura.
E se não te apetecer pensar neste tipo de pele amada, pensa noutra, na pele dos filhos, dos netos, dos sobrinhos, nesses abraços que um dia virão, no modo como as peles se tocam quando nos encostamos uns aos outros num abraço, no toque dos rostos.
~CC~
Uma doce resistência. :)
ResponderEliminarTambém precisamos dela Luísa!
EliminarPouco valem os mistérios da pele escalpelizados à luz do presente. Um tudo que é nada, água que escorre por entre as mãos. Mas hei-de lembrar a tua pele de rosa bebé em impressivo macio. E contudo criou barba e adquiriu a consistência da adultícia que te pertence. E se tu uma mão abandonada sobre a mesa apetece o que nem sempre arrisco, um dedo a passear sobre o dorso, vogando para o pulso. E sei até, vê tu, a textura da ganga quando te estendes no sofá e descansas as pernas no meu colo. Fulgurantes minutos sem fadiga em que sou a mãe ovelha do poema.
ResponderEliminarTão, mas tão bonito o seu texto que me apeteceu colocá-lo em post, com a assinatura devida claro, mas não o podia fazer sem a sua permissão...autoriza?
Eliminar~CC~
Caramba, Bea, devia ser proibido escrever assim tão bem... e tanto amor se sente nessas palavras...
EliminarE mais não digo, que não sou capaz.
Abracinho.
🌻
~CC~, será que é possível não amar ninguém?
ResponderEliminarNão acredito :)) ainda que não se tenha ninguém, ama-se sempre alguém... e sim, estou-me a referir a that kind of love ;)
🌻
Maria, não sei...acho que já houve períodos da minha vida em que não amava ninguém, curtos é certo:)
ResponderEliminarBeijinho
~CC~
oh e agora até quando é que voltaremos às peles...
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