Trouxe uma mala cheia de roupa completamente desadequada, que saudades dos meus vestidos.
As botas ali à porta parecem um nado morto, saído de uma outra época, são a imagem do tempo difícil do confinamento, dos dias de chuva na aldeia. Cheguei aqui com o horizonte da temperatura máxima de 22 graus e de noites frias, à volta dos 15 graus.
Ontem, 30 graus às 22h, a boca seca como nos dias sufocantes de alguns Agostos. Uma noite em que sente a testa molhada.
Sinto amiúde que não tenho tempo para habituar-me, tanto impera o medo, como a falta dele, tanto chove granizo, como sufocamos com o calor. Preparo-me para uma coisa mas quando chego lá, essa coisa já não é o que parece, é já outra. A imprevisibilidade talvez seja afinal o que veio mesmo para ficar, este não saber como será a vida, a incerteza a infiltrar-se nas coisas. E quanto mais assim é, mais nos pedem planos e planos, como se as instituições estivessem presas dessa angústia do que não dominam. Mas talvez a aprendizagem tenha que ser outra.
~CC~
Por vezes a incerteza nem é má. Obriga a sobressair a inspiração e criatividade.
ResponderEliminar.
Tenha um domingo feliz
Cuide-se
Normalmente consideram a minha criatividade um empecilho, ainda da última vez que quis inventar coisas novas lá veio o sermão da "razoabilidade", da "serenidade" e outras coisas que criam para impedir mudanças. Desculpe o desabafo...
EliminarPrefiro o tempo mais quente. São as cores, a leveza dos materiais, os rostos que desanuviam. Como se haver finalmente uma primavera estival nos aporte doses de normalidade. Não será bem verdade, mas parece muito:).
ResponderEliminarE por que não comprar uma roupinha nova e vestir-se de primavera, CC?!
Não queria gastar dinheiro, mas lá fui comprar umas sandálias:) É que trouxe umas botas de inverno e ténis, apenas...
Eliminar~CC~
De repente ficou verão. :)
ResponderEliminarEle que fique que eu não me importo, mas não se exceda:)
Eliminar~CC~