Diz que vários colegas o aconselharam a não se envolver nos órgãos de gestão da instituição, não só isso por isso ser um poço de chatices mas pelo tempo que lhe roubaria ao estudo.
Não os ouviu e ainda bem. Assim, pude eu ouvi-lo dizer o quanto essa experiência o enriqueceu, o mudou, o preencheu.
Fiquei com a sensação que tinha sido tão ou mais importante que o próprio curso. E ainda concluiu que com o menor tempo que tinha conseguiu ter resultados escolares tanto ou melhores do que aqueles que o tinham muito mais. Agora o termo fazer parte não significa para ele apenas o lugar sentado na sala, a resposta às questões dos docentes, a classificação colocada numa pauta, um canudo que porá na prateleira e que lhe pode abrir a porta para uma carreira que o mais certo é começar nos 500 euros. Quando me cruzo com esta gente jovem que aprendeu a ter voz, fico com esperança. Oxalá o futuro não os enfie numa espelunca cinzenta ou num lugar distante, a milhares de quilómetros deste país.
~CC~
Oxalá.
ResponderEliminar:)
EliminarO espírito dos jovens leva-os a interrogarem-se, a incomodarem-se e a incomodar. E também a preocupar-nos, a provocar-nos e a acordar-nos.
ResponderEliminarPior que um jovem a trabalhar num lugar distante, a milhares de quilómetros, em paz e segurança e a ganhar o triplo que ganharia neste país é viver perto da família, dependente, sem emprego, nem perspectivas no horizonte.
Sem dúvida Joaquim!
ResponderEliminar~CC~