Silly Season era o seu nome.
Tudo leve, nada sério, notícias sem importância, muito cor de rosa. Quase é possível ter saudades dessa inocência das festas de espuma dos anos oitenta (muito embora nos anos oitenta eu as detestasse).
Este ano, a acrescentar ao boletim diário de mortos e hospitalizados via vírus, há mais mortos, mais dor, mais tristeza.
Incêndios, sismos e agora o Afeganistão.
Tudo é triste na história dos últimos vinte anos deste país. Mas a minha alma feminina está simplesmente gelada. Se é verdade que nenhuma religião trata bem as mulheres, é também verdade que nos países laicos elas têm em geral a protecção do Estado, coisa que ali desapareceu. E uma coisa é querer viver dentro dos limites dessa religião e aceitá-la, outra é simplesmente não ter outra opção, ser condicionado, não ser livre. Os que os legitimam com base na agora suposta moderação do seu discurso têm obviamente interesses nisso.
Todos estes anos fiz questão de começar uma das aulas de uma determinada cadeira com o discurso da Malala na ONU. Este ano acho que será a primeira aula de todas as minhas cadeiras.
~CC~
Por ora, o melhor que li sobre o assunto.
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