A pressão externa tem dois sentidos inversos.
Dia sim, dia sim, liga-me uma colega a dizer para permanecer em teletrabalho, sou da instituição a única que na lei actual o pode fazer, parece-lhe incrível que podendo eu beneficiar disso me vá potencialmente misturar com um vírus que pode matar. Já a Direcção da instituição aplaudiu sem reservas a minha decisão de voltar, engrossando a fileira dos que dizem que escola só pode ser inteira se for presencial (da qual só em parte faço parte).
Tento traçar o meu próprio caminho entre dois sentidos tão opostos, não me identificando nem com um, nem com outro. É para mim claro que não quero viver com medo, se ele nos protege também nos aprisiona. É também para mim claro que a escola, com as condições atuais de turmas com muito mais de 30 estudantes é um risco grande (não tenho dúvidas que o Ensino Superior é hoje o novo Ensino Secundário, para onde se vai sem pensar, como caminho que se tem naturalmente que fazer). Há ano e meio que não lecciono presencialmente, o aperto no coração é grande, misto de emoção, de medo, de força.
Tento pensar a primeira vez de qualquer coisa é sempre um arrepio, é frio e é suor. Só depois sabemos.
~CC~
Votos de uma reentrada com o pé direito.
ResponderEliminarBom dia :)
Preciso tanto:)
EliminarObrigada
~CC~
Se vai ou não para o ensino presencial, só a CC decide. E o resto é conversa de quem palpita sobre a vida de outrem e seus motivos. Não me lembro de sentir medo por ir dar aulas - exceptuo o malfadado estágio e não passava de ligeira apreensão. As aulas foram das melhores coisas que me aconteceram na vida adulta. E sim, sou pelo ensino presencial. Até hoje ainda não encontrei substituto que chegue para ele. No presencial, quando se ensina não apenas se ensina. Ou ensina-se muito mais que a matéria dos livros.
ResponderEliminarPortanto, seja lá qual for a razão/razões do regresso, que corra bem e seja um matar de saudade e uma satisfação. Bem ou mal, cada aula é um encontro.
"Cada aula é um encontro"...bonito Bea.
Eliminar~CC~