sábado, 9 de julho de 2022

Notícias do vírus que amedrontava as pessoas

 

Esta conversa ocorreu no talho de uma das cidades adoptivas.

A senhora entrou e viu-me de máscara, perante o olhar aflito dela, lá me justifiquei e disse que agora cada um fazia como entendesse, que ficasse sossegada que não era obrigatório usar.

- Olhe eu já o tive, até foi tudo bem, mas o pior é a memória...a minha memória ficou muito pior.

Diz o Talhante 

- Olhe, a minha memória ficou tão afectada que às vezes me esqueço de voltar para casa.

A senhora diz que o mesmo acontece com o marido dela, mas que ainda avisa quando não vem jantar, que isso sim, é o que a preocupa, ter que fazer o jantar e ele não aparecer, dormir ainda é como o outro, isso tanto lhe faz.

Nunca pensei que este vírus fosse acabar como justificação para deambulações deste tipo, afinal parece garantir mais leveza do que se podia supor.

~CC~





5 comentários:

  1. O último livro de Manuel Vilas é sobre o tempo de pandemia. Gosto da perspectiva que desenvolve.
    Bom dia, CC.

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    1. Nunca li nada dele mas tenho curiosidade....embora nos finais dos anos lectivos, o cansaço seja tão grande que nem ler me apetece.

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    2. :)) Natural e compreensível o que lhe sucede no final do ano lectivo, CC. Gostei mais das duas obras anteriores, mas esta tem uma perspectiva sobre a pandemia e o mundo que lhe pertence, centrada em Espanha.

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