Voltam as poeiras do outro lado do mediterrâneo. Tento que me digam coisas sobre esses outros lugares que não conheço nem conhecerei. Tenho cada vez mais a consciência de onde não poderei ir, marco esses vazios do mundo. De outros não chegam poeiras mas ecos lancinantes de tragédias múltiplas, a Turquia de construções feitas mortalhas.
Ao mesmo tempo sonho ainda com aqueles sítios alcançáveis, variando entre o frémito do desejo do Mindelo e a paz da ilha da Flores. E com estes exercícios faço as minhas fugas, os intervalos de trabalho, como aqueles que se levantam para ir fumar um cigarro e espalham no ar os círculos de fumo (tanto que o meu pai fez isso).
~CC~
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