Senti-me tão bem, tão livre. O ano passado foi excelente descer a avenida com os cartazes feitos pelos jovens, verdadeiramente brilhantes e diferentes, a companhia deles foi o ingrediente certo para vencer a tristeza que queria ganhar-me. Este ano foi muito bom nadar, absorver o azul, conversar, beber uma sangria frutada e fresca com um amigo e depois ir ver o filme que o João Botelho fez sobre o jovem Cunhal. Interessa-me a figura enquanto legado importante da nossa história, entender um homem que esteve treze anos preso e resistiu.
E registei tanta coisa do João Botelho, tem frases únicas. Uma das que disse é que o 25 de Abril inaugurou a possibilidade de sermos um colectivo, nos sentirmos capazes de uma construção conjunta de alguma coisa.
É verdade que a meio da tarde surgiu uma leve tontura e o cansaço e com isso veio o receio. Mas depois passou e pensei que resistir é vencer.
~CC~
Nota: no filme, Margarida Vila Nova é brilhante a ler este poema da irmã (Maria Eugénia) de Cunhal sobre o filho ausente, depois dos 20 anos ele mal viu a família, notável é o perdão e a compreensão dela perante essa escolha.
Talvez o que muitos desconhecem é que Álvaro Cunhal desenha muito bem. Nota.
ResponderEliminarOlá Diogo. Sim, o filme também o mostra mas não dá muita enfâse a esse aspecto.
ResponderEliminarÉ uma coisa extraordinária, ateus que sacrificam a vida em prol duma ideia.
ResponderEliminarLuís, curiosamente, a mãe era muito religiosa, ao contrário do pai. E no filme lançam-se essas questões, até que ponto ele tinha esse sentido missionário, quase de fé...da mãe, em combinação com a racionalidade do pai.
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