Abri a torneira e pouco depois tive que a fechar, o banho ficou por tomar. Conheço bem o sinal, é espiral da ansiedade a manifestar-se. Faço parte desse grupo à qual ela de vez em quando invade a vida, é como se fosse um rio que nos arrasta na corrente e queremos nadar ao contrário sem conseguir.
Hei-de fazer essa caminho mais uma vez, dominá-la, já que matá-la é um verbo demasiado ambicioso.
Para o fazer preciso de silêncio. Preciso também de borboletas a poisar-me ao de leve nos cabelos. Preciso de abraços com cheiro de ervas e flores.
Hei-de voltar a esta rua, prometo.
~CC~
Um abraço
ResponderEliminarObrigada, outro de volta.
EliminarSe tem de onde lhe venham esses abraços com cheiro de flores e ervas (tão engraçado, criei assim um personagem, cheirando a campo aberto), vá correndo para eles. Mesmo se não cheiram a flores e ervas, os abraços são bastante animadores. Embora não saiba esses sintomas, por vezes, também sou uma ansiosa moderada (não somos todos? Não, talvez que nem todos).
ResponderEliminarVai voltar a esta rua, sim. Pertenço ao grupo dos que a esperam sem fraquejar:).
Boa sorte, CC. Onde quer que vá ou esteja. E que um espírito benévolo a acompanhe sempre.
Bom, ter eu não tenho, mas desejo-os. Espantosamente o técnico de radiologia que me fez hoje a TAC deu-me um abraço....fiquei tão espantada:) Será que ele lê este blogue?
EliminarPode ser que sim. Mas talvez o tenha feito porque o resultado do exame foi bom e está de parabéns. Ou leu a sua ansiedade e tentou suavizá-la. O que importa: fez bem à CC recebê-lo.
EliminarNunca se deve rejeitar um pedido de abraço cheio de ervas e flores.
ResponderEliminarÉ como rejeitar um pedido de copo de água.
Cá fica o meu e bem forte com todos os bons cheiros que consiga oferecer
E eu que só agora venho cá agradecer, que ingrata! Abraço da Arrábida.
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