Vê-los a caminhar em andas por aquele empedrado era perceber que se pode desafiar quase tudo na vida. E o modo como brincavam com cada coisa, cada pessoa, cada pormenor da própria arquitectura da aldeia era uma inspiração. Uma senhora da aldeia, já com alguma idade perguntou-lhe: não quer voltar quando eu estiver a caiar a casa, dava-me jeito alguém tão alto...que belo diálogo.
E neste cruzamento bem humorado e respeitoso entre as pessoas da terra e os visitantes decorreu toda a festa. Não havia garrafas de cerveja ou copos ao abandono pelas ruas, nem caixotes de lixo a deitar por fora, nem aparelhagens com um som tão alto que não deixariam descansar quem queria É preciso pensar cada coisa que fazemos e isto aqui parece estar a ser feito. Eram as crianças que entoavam as modas, mercê do trabalho que tem estado a ser feito com o cante alentejano entre os municípios e as escolas.
Isto é um outro Carnaval, não é só em Podence que se faz a diferença.
~CC~
Nota: O Entrudanças é organizado pela Associação PédeXumbo.
Que original. As TVs deviam fazer uma reportagem alargada sobre o acontecimento.
ResponderEliminarUm abraço
Não sei, tenho medo que estraguem. É este o receio que temos hoje em dia, que tudo se massifique.
EliminarAbraço