domingo, 16 de agosto de 2020

Longitude A

 

O meu nível de cansaço é tanto que mal consigo ler.

Nas férias, lia, no mínimo, uns três livros. Vou a meio de um. A maior parte do tempo só quero me deitar num lugar verde e com água por perto, fecho os olhos e fico dentro de mim vagueando. Caminhar e nadar são as outras coisas que me dão prazer. E fiz o primeiro passeio de bicicleta depois da grande cirurgia, equilíbrio a precisar de mais treino mas tanta alegria no vento a passar no meu rosto.

Precisava de ter o dobro do tempo de férias. Não pelo lazer ou pela festa, trata-se, chego à conclusão, de uma emergência de saúde, uma terapia necessária, reconhecê-lo assusta-me um pouco.

~CC~



4 comentários:

  1. Há por aí qualquer coisa a mexer com o seu ego. E não, não se trata da grande cirurgia. Trata-se da necessidade, flagrante, de reaprender a lidar com os problemas.
    Votos de boas melhoras e, porque sim, de mais força de vontade e coragem.
    Um abraço

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  2. António, nem a falta de uma coisa nem da outra são características minhas. Acontece apenas que trabalho em excesso e há muito tempo e isso deixa marcas, no corpo e no resto. Mas não apenas eu, muitas pessoas fazem-no, eu ainda o fiz muitas vezes por gosto e desafio, outros apenas por necessidade. Acho que devia ser um direito nosso podermos abrandar em vez de parar abruptamente e apenas na reforma. É disso que falo, da necessidade de fruir, respirar, sentir - e isso é saúde.
    Um abraço também para si.
    ~CC~

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  3. Não o reconhecer é que devia assustá-la CC. Quando o cansaço vence as férias, é que elas são curtas em demasia. Há meios para as prolongar :)
    E, detectada a doença, o melhor é pensar no remédio. Boa sorte.

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  4. Bea, penso, sem dúvida, no remédio...e na dose certa a tomar:) Mas não estou certa de o conseguir encontrar ou de ser eficaz.
    ~CC~

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