Estão sempre chocados com tudo, contra tudo e a precisar da ajuda do Estado. Primeiro defendem a economia de mercado mas quando há dificuldades, já não é boa, venha uma ajudinha que agora não há lucros.
Protestam porque a aplicação lhe roubará os seus maravilhosos dados privados. Protestam porque antes lhes diziam para não usarem máscaras e agora dizem (nem se chega a perceber se as queriam ou não usar, mas como usar o que não se tinha?). É por se lhes pedir confinamento a mais, ou confinamento a menos. É porque os médicos agora lhes telefonam todos os dias a perguntar como estão se tiveram um teste positivo à Covid ou porque antes nunca lhes telefonavam. É por as senhoras que regulam a Saúde falarem sentadas a uma mesa, vestidas normalmente (deve haver um dress code para a pandemia, eu é que não sei), é por os supermercados terem diminuído os seus horários ou por agora os ampliarem. Os concelhos que estão fora da lista negra querem estar e os outros querem sair. Os restaurantes estão contra os supermercados e os supermercados estão-se nas tintas para os hotéis e os hotéis estão contra os organizadores de eventos que não os fazem e são ineficazes a trazer turistas e...Os cientistas nunca mais se despacham com as vacinas mas quando houver a vacina só 10% admitem tomá-la. E não deviámos admitir cá espanhóis mas estamos muito chocados por agora exigirem aos portugueses um teste à entrada.
Os políticos então, esses não se prepararam, foram todos a banhos como se não houvesse segunda vaga, deviam ter ficado sentados às secretárias a engendrar planos contra o vírus...chamassem os últimos peritos em informática, afinal não são eles os pioneiros do antivírus?
E depois dá-se-lhes o microfone para que falem desses planos, para que digam o que fariam e como fariam...e afinal... a montanha pariu um rato.
Lá se foram os arco-íris fofinhos nas janelas, as palmas à janela aos maravilhosos médicos e os favores feitos aos vizinhos. Lá se foram os políticos a falarem de união contra a pandemia e de um país maravilhoso chamado Portugal com um povo capaz de enfrentar grandes dificuldades. Agora o orçamento passa por uma unha negra: para uns social de mais, para outros social de menos.
E a morte, essa faça o favor de bater à porta de outro e não à minha - é basicamente isso.
E embora eu não seja uma fã dos arco-íris fofinhos, também não sou grande fã das bandeira negras. Seria bom nos juntarmos para fazer umas quantas coisas bem feitas e nos livrarmos disto.
~CC~
Se a CC tiver a receita eficaz - só mais eficaz já vale - tem aqui uma seguidora desde que não seja encerrar-me completamente em casa porque me asfixia e sou bem capaz de morrer sem a ajuda do covid. Se não...é apenas mais um desabafo dos que existem por aí. Concedo, está bem delineado e até com algum humor. Tenha uma noite santa.
ResponderEliminarEm receitas não acredito nem nunca acreditei mas em boas ideias sim. E é disso que precisamos, venham elas por parte de toda a gente, prometo dar-lhes eco aqui no blogue.
Eliminar~CC~
Uma situação artificial para a qual não encontro justificação plausível.
ResponderEliminarBom fim de semana
Qual exactamente? Já nascemos em meio artificial, aí vivemos, aí perduramos. O humano introduziu o artificial na natureza praticamente desde que começou a agricultura.
ResponderEliminarBom fim de semana para si também.
~CC~
Não usei o termo 'exactamente'. Não sei se a resposta me é dirigida.
EliminarSim, queria perceber qual a situação artificial a que se refere.
EliminarMuitas situações contraditórias que nos apanhou a todos com as calças nas mãos. Há polémicas vazias que honestamente nem percebo o alarido, outras que deveriam gerar polémica são aceites com a maior apatia. Enfim... tempo estranhos (ou talvez não).
ResponderEliminarSim mas os erros são parte integrante da aprendizagem, não se pode fazer tudo bem com circunstâncias destas e há obviamente falhas. Mas somos todos parte da solução, todos nós.
ResponderEliminar~CC~
As pessoas protestam por tudo, mas, na globalidade, não arregaçam as mangas para encontrar soluções. Percebo isso nas escolas, em particular da parte dos pais. Qualquer solução que a escola tome recebe reacções negativas dos pais, sempre prontos a colocar-se do outro lado, mas nunca vi qualquer associação de pais a reunir para encontrar soluções que possam, em primeira mão, beneficiar os próprios filhos.
ResponderEliminarÉ verdade Deep, embora eu que já fui presidente de uma associação de pais, não possa concordar totalmente pois nesse tempo conseguimos abrir o refeitório do jardim de infância que simplesmente estava fechado. Mas quantas vezes, para além dos pais, também os colegas não ajudam...
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Esse maravilhoso país is a fake!
ResponderEliminarNa hora da verdade é o Salve-se quem puder... com algumas honrosas excepções, concedo, mas a percentagem é mínima...
Infelizmente para mim, sei do que falo, acredite.
😔
Maria
Pois é Maria, às vezes acreditamos que somos maravilhosos e outras que não valemos nada, a verdade deve andar para aí no meio...
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