A fuga dura cada vez menos. Ainda assim preciso de saber que outros seres humanos existem, o écran que me traz rostos não é suficiente, às vezes falta-me simplesmente o ar.
Por isso maravilho-me com o rapaz voador. É muito alto, muito moreno, talvez mesmo mestiço, anda de manga curta, mesmo com o vento a soprar gelado. Não há oficialmente serviço de mesa mas ele gosta de dançar entre as mesas, por isso traz tudo, o café, a água e a conta, suponho que estar parado atrás do balcão não seja coisa para uma alma inquieta. Todos os sorrisos que rompem por trás das máscaras deviam ser homenageados. Queria que ele visse o meu, de puro agradecimento.
~CC~
Rapazes voadores precisam-se:). Nestes tempos difíceis qualquer pequena atenção por parte dos outros nos aquece a alma e toca o coração, CC. Talvez ele não receie o vírus; se esqueça que existe; tema a perda do posto de trabalho; ou seja óptimo profissional. Acredito que note pelos olhares o sorriso, mas quanto à medida de gratidão que transporta, isso já duvido.
ResponderEliminarBom dia.
Pois não, nunca dizemos a estas pessoas o quanto são importantes para nós...
ResponderEliminar~CC~