Este talvez tenha sido dos anos mais trabalhosos da minha vida, é também o primeiro desde há muito que, já este mês, irei recorrer à conta ordenado. Isto porque:
- trabalho em Educação (não, não é a mesma coisa que na FIFA).
- parte do trabalho que faço a mais é totalmente gratuito.
- o trabalho que faço a mais é remunerado a um valor hora abaixo do de uma empregada doméstica, e sendo predominantemente para o sector público, só muito tardiamente é pago (espero pagamentos de Janeiro)
- as despesas com saúde que tenho tido estão cobertas pela ADSE em margens mínimas
- pago cerca de metade do meu ordenado em impostos vários.
Estudei para além do secundário (em anos): 3 (bacheralato) +5 (licenciatura) +3 (mestrado)+ 5 (doutoramento).
Bem sei que ter emprego é uma felicidade (não obstante ter estado 13 anos a contratos anuais no sector público e, em concreto, no ensino superior) e o futuro ser ainda tão incerto como quase sempre foi.
Toda a infelicidade é relativa e claro, esta está longe de ser das piores. Mas sinceramente não esperava que a meio da vida ainda tivesse que recorrer à conta ordenado para o dinheiro chegar ao fim do mês.
~CC~
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