Novembro está traçado para mim no formato da formiguinha, indo e vindo no caminho sem quase descanso, por inevitabilidade de poder escapar ao meu destino. Constato, contudo, que me é cada vez mais difícil o percurso pelo carreiro, o esforço, o transporte da carga, o cumprimento do objectivo. O que me resta de brio é aplicado a tentar fazer com que a tarefa tenha um mínimo de brilho e encanto. Sei, porém, que é o possível nascimento das asas, que de momento estão recolhidas, que fará de mim a outra formiga que na verdade já sou.
~CC~
a repetição é importante, porque nos confere espessura. mas, por vezes, precisamos também de descontinuar a vida para não entorpecermos por dentro. precisamos de refúgios interiores para sobreviver ao quotidiano repetitivo.
ResponderEliminarCC, deixe essas asas crescer por dentro, pois é nos meses cinzentos que mais precisamos delas. :)
Paula, eu nem tenho quase rotinas...mas às vezes tenho trabalhos de Hércules:)
ResponderEliminarQue importa, já viu hoje a lua? Está cheia mas brilha como nem é vulgar no Outono, quase conversou comigo agora mesmo, a dar-me alento, assim como a Paula, obrigada.
~CC~
julgo eu que o trabalho das mulheres é muito de formiguinha e repetitivo. Mas já li que não é o caso da CC. É uma mulher especial, ainda assim, assoberbada. Uma formiga com asas...é uma imagem bonita. E estamos no tempo delas, antes da chuva eram às dezenas pelo chão.
ResponderEliminarE eu que não vi a lua. gastei o dia a procurar uma única coisa que não encontrei e é documento importante e necessário. Estará dentro de um livro que provavelmente esqueci sobre um balcão, numa mesa, ou sabe-se lá onde, mas decerto por essa Lisboa fora. Amanhã vou pensar na forma de resolver isto que hoje já não consigo.
Boa noite CC.
Bea, também era mais ou menos perita em perder documentos no meio dos livros, mas agora ando com poucos, quase sempre com a mochila com o computador lá dentro. Segunda via do dito, é possível?
EliminarHoje não consegui ver a lua. Boa noite.
~CC~
Asas servem para voar,
ResponderEliminarpara sonhar ou para planar...
Asas são para proteger...
Asas são para combater...
Não há leis para te prender,
Aconteça o que acontecer.
São palavras de uma canção que sempre me encantou; espero que a inspirem a criar as suas próprias asas ~CC~.
Ontem, cerca das 19h, alguém bateu à minha porta; quando abri, ali estava ela linda, linda, enorme, com um brilho especial (pareceu-me), e eu nem sabia que era lua cheia... só depois, muito a custo, vi quem era e o que queria. Incrível o fascínio que a lua exerce sobre alguns de nós, não é?
Força, formiguinha!
🐜
Gosto dessa canção sim.
EliminarFascínio, mesmo sabendo nós que os homens já a escrutinaram toda.
Obrigada Maria, um fim de noite bom para si.
~CC~
O seu texto fez-me lembrar aquele fado da Katia Guerreiro:
ResponderEliminarÉ no teu corpo que invento
Asas para o sofrimento
Que escorre do meu cansaço.
Só quem ama tem razão
Para entender a emoção
Que me dás no teu abraço.
Pode ser que ajude. Resto de bom Novembro.
Toda a canção é uma ajuda, embora não goste muito de fado e das fadistas a Katia não seja das minhas favoritas. Gosto da Aldina e da Cristina Branco e de alguns da Ana Moura. Novembro...nem vou dar por ele:)
ResponderEliminar~CC~