Fora de casa há dias e por mais dias, em missão de trabalho.
Ainda assim, conduzindo por estas estradas pequeninas, antena 2 ligada, sozinha, entre campos de tremocilhas, encontro amiúde o meu lugar no mundo.
Depois tu chegas, ao longo destes anos, sempre que o encontro não implique um avião, tens vindo ver-me no meio destes lugares que me calham ou que escolho como destino. E é o mesmo abraço antigo, é outro abraço. Só tenho pena destes aparelhos electrónicos que a mim e a ti acorrentam, ainda que de forma diferente, tenho tantas saudades de ser livre e respirar só o aroma do ar, da terra e do mar.
~CC~
Afinal, basta tão pouco para ser feliz.
ResponderEliminar:)
Sim, na maioria das vezes sinto isso. Às vezes também quero impossíveis, quem não os deseja?
Eliminar~CC~
Ainda bem que as missões provocam estes reencontros - enquanto houver um tu não estamos sós.
ResponderEliminarA antena 2 cobre quase a totalidade do território nacional - afinal é cá o seu lugar; julgava-o em África, não necessariamente.
Por uma questão de ciúme, não gostava de a ver devolvida à procedência...
"O mundo é o piano de Deus, no qual não sei tocar" diz o mais famoso pianista do mundo, eternamente "preso" ao seu transatlântico, em Novecentos de Alessandro Baricco; contrariando o artista, para a CC não há barco que a contenha :).
Olá Joaquim, durante muitos anos pensei que sim, que seria em África, há um bocadinho de mim que será sempre de lá. Mas descobri lá que a maior parte de mim é daqui mesmo.
ResponderEliminar~CC~
Gosto de conduzir no Alentejo, porque a estrada é sempre em frente até perder de vista e a mente se liberta enquanto assim. E há coisas pequenas que o vagar e a disponibilidade chamam. Como um quadro, surge no virar da curva uma carroça de ciganos com suas mulas atreladas. E também há campos de tremocilha:).
ResponderEliminarOs aparelhos electrónicos não ousam incomodar as minhas amizades que eu não deixo. A cada coisa o seu tempo.
Boa noite, CC.
Às vezes tenho raiva da Internet, de tudo o que nos fez perder...
Eliminar~CC~
"Tenho tantas saudades de ser livre e respirar só o aroma do ar, da terra e do mar."
ResponderEliminarTambém eu, ~CC~, também eu.
Só que, pensando bem, acho que nunca somos completamentes livres, existem sempre tantas condicionantes...
Conheci os campos de tremocilha na zona de Sines, Santiago, Porto Covo: lindos!
Quero crer que também foi no Alentejo que vi pela primeira vez campos de girassóis, mas não posso jurar; os campos de estevas e rosmaninhos tenho a certeza que foi aqui na Beira.
Dias felizes, ~CC~.
🌹
Maria, hesito entre tremocilhas, girassóis, estevas ou rosmaninhos - gosto de todos!
ResponderEliminarObrigada, para si também.
~CC~