Ele pergunta.
Já fiz idêntica pergunta a mim própria muitas vezes.
Já respondi também, mesmo que sem poder ter a certeza do que penso e digo. A identificação é um sistema complexo.
As pessoas mais pobres, vulneráveis, de grupos minoritários ou tão simplesmente de classe média ou média baixa não desejam ser representadas pelos seus iguais, primeiro porque ver essa imagem no espelho é confrontar-se outra vez consigo próprio e com a sua dor. Em segundo lugar, não acreditam que essas pessoas, uma vez no exercício do poder, se lembrem de as quem as escolheu para as representar, pensam que, ao invés, se vão aproveitar para esquecer isso e frequentar a mesa do rei. Basta ver junto de quem vendem as revistas que mostram o interior das vidas de luxo. Se há quem fuja à regra, há. Se pode ser diferente, pode.
Há mesmo quem nunca sonhe com Porches ou Ferraris e nem consiga compreender o encanto de uma pista de Fórmula 1.
~CC~
Ou de um campo de futebol!
ResponderEliminarE agora sai um provérbio:
«Não sirvas a quem já serviu, não peças a quem já pediu.»
Podem ser muito puros quando chegam ao poder, mas depois mudam... e de que maneira.
E os diferentes são tão poucos que não chegam a fazer grande diferença...
Noite boa!
😴
Maria, tanto que precisamos dessa diferença!
Eliminar~CC~
Pois precisamos, mas a verdade é que o que conta cada vez mais é roubar aos pobres para dar aos ricos.
EliminarJá não existem Robins dos Bosques...
🌳
Não sei a quem se refere e a que pergunta, mas o último parágrafo é verdadeiro para muita gente. É que há mesmo muita que não pensa em Porshes nem em Ferraris e para quem pistas de fórmula 1 são apenas gastadores de dinheiro:). A bem dizer, não lhe interessam estrelas que se não vêem do seu planeta pequeno e que está tornar-se micro.
ResponderEliminarNão consigo saber Bea quantos serão que sonham em ser ricos e ter muitas, muitas coisas...mas acho que serão muitos, ainda há muta gente a pensar que a felicidade passa por aí.
Eliminar~CC~
Vamos lá a ver, todos aqueles para quem a vida é sobrevivência sonham com a melhoria económica mas não creio que desejem porshes e afins. E esses são quase de certeza a maioria. Depois, dentro dos que vivem melhor, há talvez essa maioria de que fala. Resumindo, não serão uma verdadeira maioria. Resta saber se os tais que lutam por estar à tona, subindo na vida, não estariam a rezar por tais magnificências:)
EliminarBea, eu penso que no último parágrafo a CC se está a referir a ela própria e ao seu desinteresse por carros e desportos de luxo, onde se paga 300€ por um bilhete e não porque o seu mundo seja pequeno; pelo contrário, o mundo dela é enorme e o coração também.
ResponderEliminarMas posso estar errada, esperemos que ela nos esclareça.
🍁
é possível, Maria, e isso é meritório por ser próprio de alguém que, tendo possibilidade, não o faz por não ter interesse em coisas que tais. Contudo, eu penso naqueles seres que também existem e são muitos, que lutam por sobreviver e a quem tais actividades soam a gastadores de dinheiro, têm um mundo pequeno sim, mais pequeno porque esses tais e outros como eles os espremem e lhes dão o pão e circo e lhes moldam as opiniões, lhas dão já feitas, os habituam a não pensar. São número e não sabem.
EliminarPois, a mim mesma.
ResponderEliminarMas sei que não estou sozinha, felizmente...
~CC~
Assunto com interesse CC, como muito do que traz à liça e que tem a ver com a natureza humana. Vou limitar-me à questão suscitada no início do seu post, e que a Bea não viu, porque não carregou em cima da palavra "pergunta". A análise do comportamento humano fascina-me mas vou acrescentar muito pouco, deixando apenas 3 citações/interrogações:
ResponderEliminar"Você quer voar, mas não se pode começar a voar voando. Primeiro, tenho que lhe ensinar a andar, e o primeiro passo ao aprender a andar é entender que quem não obedece a si mesmo é regido por outros. É mais fácil, muito mais fácil, obedecer a outro do que dirigir a si mesmo.”
Friedrich Nietzsche
"What did I do
To be so black
And blue?"
Louis Armstrong
"Eu tenho a mania de viver a três dimensões, ora estou mais no passado, ora bem no presente e às vezes presa a sonhos futuros".
~CC~
Tenha um bom dia, de preferência azul.
Verdade, não li. Respondi ao que entendi e como entendi. Depois de lido o artigo, digo-lhe que não tenho resposta, mas quem sabe a identificação nos eleitores não funcione com os iguais mas com aqueles que representam o que queríamos ser e a que aspiramos e eles simbolizam.
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