sexta-feira, 10 de maio de 2024

Esperança

 


Tenho uma caixinha de esperança.

Não é bem, é quase. Nela deposito todos os brincos que ficaram solitários. Fico à espera que o par apareça algures, que volte para mim. Hoje aconteceu. E era um dos brincos de que mais gostava, quase não queria acreditar que estava outra vez a formar aquele par e que os poderia usar. Um par oferecido, o que em si é também raro. 

Para quem só soube o que era usar brincos aos 42 anos isto tem sabor, fui furar as orelhas com um grupo de adolescentes da família.

~CC~


8 comentários:

  1. Será talvez por se perderem brincos que há quem os use desirmanados.
    Um abraço.

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    1. Acho que não, é uma questão de gosto. Mas não sei misturá-los assim, como comecei tardiamente é mais prático usá-los idênticos. Abraço

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  2. A minha caixinha de esperança tem meias desirmanadas. Muitas muitas. Dos meus moços mais jovens, claro. A sua é bem mais feminina e faz-me entender por que razão uma de minhas irmãs tem os brincos pendurados numa fina rede emoldurada. Ao invés da CC, usei brincos desde que me conheço e sempre detestei. Como não uso relógios, nem pulseiras. Tive de esperar pela maioridade que meu pai não transigia. Foi a primeira coisa que fiz. Claro que guardo os relógios oferecidos (alguns também os ofereci a quem gostava deles e lhes daria uso). O seu caso é diferente, começou a gostar de brincos em adulta e é natural que a companhia seja adolescente, elas é que sabem de furos. Em compensação eu sou uma velhota ainda irritada por me terem furado as orelhas. A vida é isso. O bem de uns não é necessariamente o de outros.
    Bom Fim de Semana, CC

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  3. Não falemos de meias desirmanadas que isso é um drama! Não sou de usar pulseiras nem relógios, esses bem tentei, mas nunca consegui. Nem gosto especialmente de adereços, mas os brincos foram uma paixão tardia e cá ficou. Bom fds Bea.

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  4. Como seria possível eu esquecer o caminho para a Rua da India? Passo e levo sempre um sorriso.
    As palavras é que por vezes não saem para comentar. Até porque, por vezes, parecem demasiado banais.
    Um abraço CC!
    Sandra Martins

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    1. Agora banais...o que é isso Sandra?! Um dia comeremos um gelado no nosso Algarve.

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  5. Gostei de saber desse seu apetite por brincos e porque veio na idade da razão ainda valorizo mais, não foi imposto pelos progenitores como a minha primeira comunhão para já não falar do baptismo.
    Em tempos de tão grande mudança em que os homens se tornam femininos e as mulheres macho, e eu que até sou tolerante com tudo, senti uma cumplicidade grande nesta grande diversidade que é a espécie humana.
    Abraço, sempre CC, mesmo sem cumplicidade.

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    1. Mas até foi cúmplice...ao entender o meu gosto tardio por brincos. Na juventude não se precisa de nada para uma pessoa se sentir bonita (ou isso pouco importa), já depois...abraço.

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