A caixa de correio ultrapassou as 15.000 mensagens ali depositadas e amiúde lança avisos de encerramento por falta de espaço para mais. Num esforço para as apagar carreguei no botão que me levou a 2007. Não imaginava que o endereço tinha sido criado nesse ano.
Chegaste tu em quase todas as mensagens desse ano, não sei se eras apenas tu que me escrevias ou se foram as tuas mensagens que não apaguei. Surpreendi-me com elas como se estivesse a lê-las pela primeira vez, não me lembrava delas com aquele grau de paixão, palavras tão cheias, redondas, inteiras e mesmo belas. Não há nelas nenhuma dúvida, nenhuma sombra, nenhum acanhamento, eras tu com o que eu agora considero uma surpreendente capacidade de amar, muito mais do que aquela que eu teria na altura. É tão bonito que custa usar esse botão "delete" e muito mais o "delete forever". Então carrego no outro botão e volto a 2024 e aos sinais de armazenamento quase cheio.
~CC~
Um post onde a propósito de uma gestão deficiente da capacidade de armazenamento nos traz a rememoração de correspondência amorosa. Este blog deve ser o maior blog do mundo onde a maioria dos posts são dirigidos a um tu, pessoa certa e determinada, propositadamente anónima para a eventual maioria de leitores, que se fossem bem educados, não violavam correspondência alheia nem se metiam em comentários que não lhes dizem respeito, a menos que...
ResponderEliminarAbraço
PS: muitas vezes me deparo com a situação de o que fazer com material como fotos de pessoas , familiares e amigos, que já passaram pela minha vida e que já não estão cá, outras que estando cá, estão completamente ausentes e não consigo destruir nada. Cá em casa a maioria ou rasga e deita fora ou não coloca à vista. Perante isto só me resta guardar em lugar seguro e ver às escondidas :)
Pelo contrário Joaquim, não têm destinatário, todos os que partilham sentimentos deste tipo(ou outros manifestados nos post) são os verdadeiros destinatários. É o chamado infinito particular.
EliminarComo se o passado ainda lá estivesse. E sentimos.
ResponderEliminarUm abraço.
Está lá sim mas não (me) dói. Aqui até me maravilhou a capacidade que houve de amar. Já não me lembrava que ele podia ser assim.
EliminarTambém tenho assim uns mails de estimação:). Não penso apagá-los. E não preciso fazê-lo; excluindo publicidade e questões de saúde, não há quem se interesse por escrever(-me).
ResponderEliminarNão faço ideia como cheguei aos + de 15.000 num correio que não é de trabalho, acho que só a longevidade o explica pois evidentemente que tal como ocorre com a Bea ultimamente é a publicidade que domina. Já ninguém escreve mails.Bom domingo Bea.
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