sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Dois dedos de conversa.



Um fim de tarde com sol, três colegas mas quase desconhecidos sentam-se para o lanche no sítio de trabalho. A conversa aparece, curiosamente não é sobre trabalho, nem se diz mal de ninguém, tão pouco se fala de política. Os dois primeiros motivos são aqueles que me afastam de aprofundar amizades no local de trabalho. As pessoas falam de si próprias, uma delas até tem a coragem de falar do psicólogo dela, do que ele lhe disse sobre ela própria, sobre uma das suas fragilidades ou medos, nem sei bem. As pessoas escutam, coisa rara também, não se interrompem. São estes momentos que me fazem gostar das pessoas, quando elas são assim, quando se mostram sem outra intenção que não seja o encontro. Era para ficar 5 minutos, chegou aos quarenta, ficava mais se fosse noutro espaço, aquele cansa-me porque passo lá muitas e muitas horas da minha vida. Dois dedos de conversa ao acaso, sem nada marcado, é do melhor que há.

~CC~

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