segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Sair por aí


Sou uma turista anti turista, enquanto eles fotografam a torre da Quinta da Regaleira, eu perco-me pelos tons de verde, castanho e amarelo desta natureza viva e deslumbrante. Só devemos ir a Sintra no Outono ou no Inverno, só aí podemos aspirar à magia do nevoeiro, da chuva, dos azuis mesclados do céu. Cada lugar tem a sua estação.

Também gosto de flores hibridas, a meio caminho entre flor, cacto e planta. As flores muito belas são sem história, demasiado óbvias, excessivamente conhecidas e facilmente amputadas do seu meio ambiente natural. 

Finalmente parei e respirei e, sobretudo, aspirei a alegria que reside nas promessas que a nós próprios fazemos e raramente cumprimos. E afinal é tão simples sair quase de mãos a abanar, deixar tudo em casa e ir por aí à procura da beleza que resta, saber que ao regressar no dia seguinte somos um coração lavado e brilhante.

~CC~


4 comentários:

  1. De facto, a Quinta da Regaleira, no outono, será bem mais bonita. Não sei bem o que é a torre da quinta mas, no verão, fotografei algumas coisas, quem sabe se a torre. Aquelas árvores espantam-me. Tenho pena de não gostar de chuva senão para lavar a terra e a dessedentar. O meu Alentejo precisa, precisa muito. Não me agradaria andar pelo nevoeiro - via mal a quinta - e a chuva só me satisfaz se de botas de borracha (aquela coisa das poças de água e tal e tal). Mas é verdade que fui ao Gerês no verão e não gostei como no outono. Maravilhou-me. Posso mesmo dizer que estarreci. E, se calha, não vi quase nada. Mas gostei tanto do que vi. Tanto. Nem sei medir.

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    1. Bea...até as queijadinhas e os travesseiros sabem melhor no Outono-Inverno:)
      Beijinho e bons passeios.
      ~CC~

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  2. E se Sintra é para ir no Outono e ao Alentejo na Primavera, qual é a altura ideal para ir à cidade azul?

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    1. A cidade azul é Alentejo, não obstante a terem incluído numa outra qualquer NUT...vê-se bem que o fizeram não pela respiração mas usando a régua e o esquadro como se traçaram tantas (más) fronteiras.
      ~CC~

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