segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Para sempre



Cada amor meu foi para sempre, não pude pensar nele de outra forma. Por isso me custa que morra, que se evapore, que desapareça. Não que não queira ver essa morte de frente, de olhos bem abertos. A catarse é feita de muitas lágrimas e não tenho problemas em soltá-las.

Ver de olhos bem abertos e falar muito e de tudo o que alma traz de luz e de dor, essa minha impertinência foi qualquer coisa que afectou o meu amor do primeiro ao último dia, se eu pudesse fechar os olhos, ele teria sobrevivido. Mas o que sobraria de mim?! Quem seria eu de boca fechada e olhos cegos?! Qualquer coisa amada nas antípodas de mim. Outra eu. O desejo de todos nós é sermos amados por aquilo que somos.

Cada amor meu foi para sempre, pensei-o assim do primeiro ao último beijo, para cada amor pensei envelhecer com ele fazendo-o viver eternamente. E desacreditando metade dos dias, ainda acredito na outra metade.
 
~CC~

4 comentários:

  1. «O desejo de todos nós é sermos amados por aquilo que somos.»

    E isto é o mais importante; é tudo.

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  2. É mesmo Carlos, nem sei porque falhamos tanto se o sabemos.
    ~CC~

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  3. Porque não podemos suprimir das nossas vidas os momentos que vivemos com as pessoas que amámos, esses amores são, de alguma forma, para sempre. Nunca percas a esperança na metade. :)

    Abraço.

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  4. Querida Deep, esses momentos só me trazem tristeza por não terem sido para sempre, talvez um dia possa pensar como tu mas agora não. Quanto à esperança ela tem dias, algumas vezes não aparece mesmo. Ès uma querida e só o facto de existirem pessoas como tu me dá esperança, mais que não seja na própria vida.
    ~CC~

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