Uma conjugação improvável dos astros conseguiu fazer com que coubessem oito na minha sala minúscula a comer, a rir, a esparvoar. É isso a família, existirá até quando o conseguirmos fazer, sem ligar ao copo que em nada combina com o toalhete e com os talheres. É claro que o ruído fez tremer os vidros e a minha pele, tão habituada ao silêncio deste espaço, às noites só comigo (e isto não é solidão), ao telefonema que me faz dormir ou me tira do sono.
E a companhia dela, mais invulgar agora aqui, (re)constrói o meu próprio lugar no mundo. Parece que com ela faz mais sentido ser daqui, muito embora ela já tenha saído, é como se estivesse aqui a marcar-lhe o lugar para poder voltar e dizer que esta é a sua terra.
Até as salas minúsculas se podem alargar.
~CC~
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