segunda-feira, 24 de setembro de 2018

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Passavam cinco minutos da meia noite a sala levantou-se em ovação.

Brilhante a encenação e a representação. 

Uma das melhores actrizes portuguesas num dos seus melhores papéis.

Tive a certeza que era o melhor local, naquele ano, para entrar naquele novo dia, naquele novo ano.

Há anos em que não há festas, nem bolo, nem velas, nem brindes. São anos reservados a uma festa que se faz só no interior, na reserva dos momentos, são anos virados para dentro para contrariar os que são virados para fora. Da explosão do ano ímpar à contenção do ano par. Do que será depois nos dias seguintes e seguintes pouco sei. Segredo a mim mesmo alguns desejos, disse hoje alto dois deles, quando tinha levado dias a pensá-los. E só quando os disse alto tive consciência de que são mesmo o que mais quero.

~CC~




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