Vejo-te aqui entre os seis e os nove anos. Vejo o que na altura lias e o que lês agora. E vejo-me a mim, as partes em que estava mais feliz do que agora e aquelas em que agora estou mais. Todo este lugar respirava a nossa inocência, era aliás tão inocente como nós. Agora ergue-se um hotel ali no canto, é um luxo a erguer-se entre as casinhas brancas e azuis. Lembro-me de não haver lojas sequer. Agora as túnicas mais baratas custam cerca de 200 euros. Dizem que é assim que os lugares se desenvolvem mas é assim que eles morrem também. Sobrou a nossa biblioteca de pedra, não sei quanto tempo ficará. No meu coração sei que ela durará muito.
Hesitei em comentar este post velado e intimista, o comentário soa a intrusão em território particular. E portanto, escrevo mas não digo.
ResponderEliminarTodo este blogue é meio velado e intimista, por isso esteja à vontade. Diz a Dulce Cardoso que escreveu uma autobiografia não autorizada, brincando com a contradição da coisa...e eu escrevo um diário público.
Eliminar~CC~
Estou a ler as crónicas da Dulce. Gosto imenso dela.
EliminarLeio sempre as suas crónicas e também gosto muito de si. :-)
🌻
Soube-me bem ler este texto. Muito.
ResponderEliminarÉ também assim comigo, quando o visito.
Eliminar~CC~
Fui lá algumas vezes (poucas) mas ainda não havia a biblioteca de pedra.
ResponderEliminarBela praia, bela lagoa.
Talvez não destruam a biblioteca...
Bom final de tarde.
🌅
Reconheceu? A Maria é mestre, consegue sempre descobrir tudo. Deixem-me ficar a biblioteca...
EliminarUm beijinho
~CC~
Foi facílimo!
EliminarHá uma Miss Marple dentro de mim 😂 nada a fazer...
Beijinho.
🌻
Há mesmo:)
EliminarBeijinho
~CC~