Também não me importava de colocar no roteiro dos meus fins de semana uma ida à Gardunha.
Ali na cozinha já há maçãs casanova, as minhas preferidas, como já disse, ainda que elas nada me digam sobre o pecado original. Só posso dizer que se houve pecado e é aí a nossa origem, foi bem dada aquela mordidela na maçã.
A música dos campos de morangos também me parece bem, embora não medrem todo o ano, já alguns que teimam em arrasar com o ciclo das estações. Se calhar também é por isso a água salgada neste Outono tem uma temperatura melhor do que no Verão, o que não sei se me alegra ou se me entristece. É bom se fechar os olhos e não pensar em mais nada, é mau se pensar no futuro, no mar que avançará sem contemplação por esta estreita faixa a que chamamos país.
Os ouriços dos castanheiros são uma obra prima da natureza.
~CC~
Um outono que ainda arrasta um tanto de verão consigo. Quero aproveitá-lo sem pensar nesse futuro de mar enchente.
ResponderEliminarÉ, felizmente também tenho momentos de usufruir...mas ás vezes vem aquele aperto no coração e ponho-me a pensar nas gerações futuras.
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O futuro global é qualquer coisa que se me apresenta tão áspero ao tacto que, se quero continuar, tenho que esquecer receios e previsões. A nível pessoal também não antevejo grande paisagem. Melhor ir vivendo o dia a dia sem catástrofe. Grata por mais vinte e quatro horas. Mesmo sem campos de morangos nem mar benigno.
ResponderEliminarMas a Gardunha é linda e vale a pena pensar nela.
"Grata por mais 24 horas", espero que seja só uma força de expressão mas para mim isso arrepiou-me pois já vivi assim, sob o espectro da doença. Bea, espero que não seja isso, mas se for e quiser conversar, envie-me o seu mail que eu não publico o comentário e guardo-o só para mim. Às vezes ajuda partilhar com quem já viveu processos complicados de saúde mas se sentir acompanhada nesse processo, é uma das coisas fundamentais. Um beijinho, seja o que for que fez com o o Outono entrasse no seu Verão.
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CC
ResponderEliminarTambém gosto da Gardunha - todo o entorno do Fundão é maravilhoso - assim como do Caramulo, onde com oito anos me recordo de ir visitar minha mãe ao sanatório, durante o ano que ela lá esteve. Antigamente era assim que se curava a tuberculose.
Quanto à floricultura e pomares, deixo para si e outros entendidos; declaro-me incompetente nessa matéria. Mas adoro cerejas!
Pelo andar da carruagem parece que vamos ter um "Outono escaldante", o que bem vistas as coisas já não é novo - para não falar na tristeza dos incêndios, pergunto-lhe pelo filme, se o viu ou já não é do seu tempo (esqueço que é bastante mais nova)?
Bea
As suas palavras assustam e explicam...
De todo o meu coração, desejo que esteja tudo bem consigo ou vá em vias disso. Mesmo.
Um abraço grande.
Joaquim, ver os clássicos é importante, independentemente da idade...mas por acaso esse não vi. Natureza pode ser para trabalhar e/ou apreciar, na verdade ainda que me apeteça mudar de estatuto sempre fui sobretudo uma apreciadora. Não me importo que o calor continue mas já não posso usufruir assim muito dele, mas a chuva irá chegar, espero que mansinha.
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PS. Torcemos ambos pela Bea...seja o que for que a anda a inquietar.