A idade, o peso dela pode tornar-nos subitamente leves.
Jamais antes deixaria que um jovem de vinte anos, com um rabo de cavalo louro e modos doces me fizesse experimentar a diferença entre cuidados de corpo e de rosto, usando a minha mão esquerda para um e direita para outro. A princípio pensei que ele fosse apenas espalhar creme e não toda uma gama de cuidados que levou cerca de 15 minutos para cada mão. E as explicações demoradas mas muito técnicas, o cuidado em escolher cada aroma que eu gostava, mais uns elogios que devem constar de qualquer brevet de vendedor.
Uma pessoa finge que acredita porque a velhice nos tolda a razão e nos faz necessitar de mimos adicionais, deve ser assim que nos tornamos oficialmente pessoas de uma certa idade. E é assim também que gastamos dinheiro em coisas fúteis e inúteis, ainda que muito aromáticas e macias.
Espero apenas ter acrescentado alguma coisa ao seu salário, a mim os cremes não me farão mal, até porque mais de metade do tempo foi de propaganda ao veganismo da marca.
~CC~
:)). Também comprei um creme que deve vir a morrer dentro do recipiente. Mas ajudei quem mo vendeu. Acho que nem cheira e nem ela me prometeu coisa nenhuma. Fomos as duas honestíssimas. Os mimos fazem sempre falta; é pena que os velhos sejam tratados (muitos deles) como se não façam parte do lote.
ResponderEliminarOra bem Bea...é tão bom aumentar o salário de alguém...desde que não diminua tremendamente o nosso, que seja:)
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Comprar cremes inúteis e ficar contente... se isto não é ser feliz, não sei o que é a felicidade.
ResponderEliminarBoas compras
Ah, ah...às vezes fico feliz com essas coisas, nem sequer é pelas compras, é mais pelas situações singulares ou cómicas em que elas acontecem. E por sentir que tenho ainda capacidade de me rir, até (ou sobretudo) de mim própria.
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