Não procures apenas as palavras certas mas o modo de as dizer. É no tom, na modulação, no gesto que as acompanha, no modo como olhamos, a forma transmite tanto quanto o conteúdo.
É assim que chega o calor ou o gelo, que chega a doçura ou a distância. Se eu pudesse escolhia apenas formas redondas de falar. Escolhia formas que fossem balões soltos no céu, formas que fossem peixes vagarosos a esgueirar-se entre os corais, formas que fossem sopros de vapor a cortar o frio.
~CC~
Palavras como "Formas que fossem sopros de vapor a cortar o frio".
ResponderEliminarE a CC disse uma verdade, tudo interessa quando se diz. Mas a vida é rápida e pouco atentamos nas formas de dizer. Ou já o que dizemos nos sai naturalmente e leva marcas que podem ser setas ou seda, fofura de almofada ou agudo de pedra. Umas serão inadvertidas, outras endereçadas.
Boa semana, CC.
Setas ou seda...diria que setas ferem e ao ferir provavelmente nada alcançam, deixam apenas a ferida. Já deixei de as atirar:)
Eliminar~CC~
E, é isto...
ResponderEliminarJulgo que para ti, Cibele seja fácil conjugar palavras, saem naturalmente...
Para quem as lê, quem as recebe como eu, sinto-me privilegiado, como se tivesse um personal writer.
Não é sómente as palavras bonitas, mas as inúmeras vezes que alteras o meu estado de alma, com a leitura de duas ou três frases que por este blog passam.
O futuro espera um conto teu nas livrarias, sem pressão, claro.
Bjo
Que Zehuti te acompanhe...
ResponderEliminar*Deus egípcio da magia, da escrita e das artes
Ernesto...que os deuses e deusas me ajudem:)
EliminarBeijinho e obrigada
Há por aí sabedoria, minha cara. Ainda bem, apesar de ela, por norma, exigir o culto da solidão.
ResponderEliminarTenho algum culto dela, mas se calhar não o suficiente, ainda não...o ruído do mundo ainda me faz muita falta, embora me canse também. Obrigada por vir de longe AC.
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