Os olhos tão secos ardem e incham. Estão cheios de uma tristeza que não consegue tornar-se lágrimas. Precisava de chorar um rio inteiro.
Como não consigo, vou contigo ver o mar transparente e manso desta nossa península.
E volto melhor.
Outro dia talvez consiga chorar. Ou ainda melhor, talvez consiga rir.
~CC~
Hoje, atravessando a ponte, o rio parecia um espelho e o sol de inverno amarelava à beira água. E era doçura tão bonita que me veio a nostalgia. Quem sabe se alguém seguia contemplando a paisagem e lhe mordia o desencontro, "nunca olhaste comigo as mesmas águas; talvez os meus olhos poisem onde os teus se fixaram; talvez tenhas procurado lugares onde os meus se detiveram". E depois a evidência do túnel, a sua certeza breve e singular. E assim espero que seja essa grande tristeza que lhe tolhe as lágrimas, CC - breve e singular. Porque, mesmo sem lágrimas, há sempre o rio e a luz. O riso talvez seja remédio.
ResponderEliminarPor mim, vou lendo Agustina a zombeteira. Faz-me sorrir aquela mordacidade.
Um beijinho
Obrigada Bea. Isto passa rápido, sou por natureza do lado do sol:)
EliminarGrande verdade, a pior dor é aquela que não conseguimos "deitar cá para fora"
ResponderEliminarBjxxx
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Verdade Teresa, fica aquele nó na garganta...
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