Sobre o atoleiro em que andamos metidos está quase tudo dito, ocupam esse espaço uma centena de blogues dedicados ao assunto.
Agora os ministros...
A Maria Luís tem ar de menina que estudou bastante e se portou sempre bem, programa bem as roupas com o sorriso, o louro parece ser genuíno, o que nos invoca genes pouco mouros e mais germanos, adequados aos tempos que correm. É uma mulher moderna, fala bem Inglês e não nos envergonhará em qualquer salão europeu. E não perde a compostura, ultimamente ensaiou uma manobra de empatia com os portugueses, invocando o seu papel de mãe de três filhos, coisa que Gaspar nunca faria. Ficámos a perder. Gaspar não podia ser levado a sério, tinha aquele toque de pessoa que não era bem pessoa, parecia uma marioneta bem ensaiada, soletrando as palavras e vincando o seu significado como se falasse para extraterrestres. Não praticava a empatia, muito menos o sorriso cândido ou o desvio do texto de base para órbitas familiares. Gaspar era um funcionário, esses como sabemos, são os mais bem preparados para lidar com a banalidade do mal. Cumprem quando estão em cena e e saem dela discretos, rumando para bem longe, tão alheios como começaram. A Maria Luís Albuquerque é de outra fibra, por parecer humana, assemelha-se a alguém que sofre. Esses que dizem ser como nós, sentir como nós, esses são mais assustadores. Se têm, como ela diz, consciência do sofrimento alheio e ainda assim o perpetuam, como poderemos chamar-lhes?
~CC~
por uma questão de educação não respondo à sua questão final ;)
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