segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ao engano...



À partida sim. Porque é que o Estado tem que tomar conta das escolas, porque é que elas não se poderão governar a si próprias, ainda mais se forem governadas por aqueles que as conhecem bem: os profissionais. Com uma regulação mais distante mas vigilante nos aspectos essenciais: garantia de que todos têm acesso à escola.

Mas o aplauso morre imediatamente quando me lembro como é no ensino superior. A prática da autonomia não é aqui há tanto tempo uma bandeira? Mas estão sempre a contradizer essa mesma autonomia, cativando as próprias verbas que as instituições criaram. Quem é que pode governar sem usar de forma autónoma o seu próprio dinheiro, gerir o seu orçamento?  Agora, obrigam as instituições a fusões e criação praticamente forçada de uma rede (as redes criam-se lá assim...), dando-lhes até Dezembro para apresentarem os seus casamentos de conveniência. Escondido está o verdadeiro projecto de encolhimento das ofertas formativas,  extinção simples das instituições do interior e das periferias das cidades, dotação de menos verbas e desemprego docente. Sim, há coisas mal e a cooperação é o modelo a seguir, mas o remédio não se cria sob pressão, em dois meses.

Escolas geridas por professores?! É no mínimo estranho que queiram dar a um nível de ensino, o que todos os dias tiram no outro. Qual é o projecto escondido?

~CC~

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