Eis que crescem. Lembro-me de como eram inquietas, vivas, brincalhonas, às vezes faziam birras, só gostavam de comer algumas coisas, desarrumavam muito, ajudavam pouco. Já tinham este brilho que hoje me parece em ascensão, como se fossem estrelas a traçar o caminho até encontrarem o seu lugar para poderem brilhar em pleno. As três meninas mais próximas, uma quarta que vem um pouco depois. Agora senta-mo-nos com elas à mesa, já não lhes fazemos a mesa à parte para que nos pudessem deixar em sossego, entre adultos. Elas são já jovens adultas e o país ainda não lhes roubou a esperança, querem estudar, querem trabalhar, querem ser. Ainda riem muito e é tao bom ouvi-las rir. Escolheram caminhos tão diferentes, uma já acabou economia, outra escolheu uma escola profissional de teatro já no secundário e outra acabou se iniciar o seu percurso universitário em medicina dentária, mas ainda a sonhar com medicina. A sensação quando as vejo, tão bonitas, tão inteligentes, é de que não podemos perder estas mulheres, que há uma luta inteira que passa pelo futuro delas, pelo que nós trabalhamos por este futuro delas.
~CC~
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