sexta-feira, 19 de maio de 2017

A grande encenação



Leio a crónica de José Luís Peixoto no último Expresso, é sobre a Coreia do Norte. Conta-nos como um país se pode encenar grande, sendo apenas miserável. E como os outros fingem não só engolir essa encenação, mas ainda a aumentam, por lhes dar imenso jeito. 

Como não lembrar as armas de destruição maciça que estavam enterradas em bunkers por todo o Iraque, a mais pura encenação de um país para justificar uma invasão ocidental. Foi ali que começou a destruição que hoje se estendeu.

Diz o JLP que ainda há carrinhas movidas a lenha na Coreia do Norte, que tudo é obsoleto e remendado mil vezes, estão a anos luz em matéria de tecnologia. Eles apenas marcham bem em linha e atiram misseis quase sempre com fracasso, falam em voz grossa e não temem a matança colectiva do seu povo. Serão loucos mas mais loucos são os que os pensam atacar.  Serão uma ditadura, tal como a Árabia Saudita, aquele país que o actual presidente dos EUA escolheu visitar em primeiro lugar. Esse mesmo em que as mulheres não podem conduzir, nem ir ao médico sem a autorização dos maridos.

Encenação, a política está cheia de grandes encenações, de mentiras que mil vezes repetidas se tornam "a verdade". E nem sempre conseguimos percebê-lo.

~CC~


1 comentário:

  1. O problema é mesmo esse. É não se conseguir perceber onde está alguma verdade.

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