Esta conversa ocorreu no talho de uma das cidades adoptivas.
A senhora entrou e viu-me de máscara, perante o olhar aflito dela, lá me justifiquei e disse que agora cada um fazia como entendesse, que ficasse sossegada que não era obrigatório usar.
- Olhe eu já o tive, até foi tudo bem, mas o pior é a memória...a minha memória ficou muito pior.
Diz o Talhante
- Olhe, a minha memória ficou tão afectada que às vezes me esqueço de voltar para casa.
A senhora diz que o mesmo acontece com o marido dela, mas que ainda avisa quando não vem jantar, que isso sim, é o que a preocupa, ter que fazer o jantar e ele não aparecer, dormir ainda é como o outro, isso tanto lhe faz.
Nunca pensei que este vírus fosse acabar como justificação para deambulações deste tipo, afinal parece garantir mais leveza do que se podia supor.
~CC~
Um vírus com costas largas. :)
ResponderEliminarEnormes:)
EliminarO último livro de Manuel Vilas é sobre o tempo de pandemia. Gosto da perspectiva que desenvolve.
ResponderEliminarBom dia, CC.
Nunca li nada dele mas tenho curiosidade....embora nos finais dos anos lectivos, o cansaço seja tão grande que nem ler me apetece.
Eliminar:)) Natural e compreensível o que lhe sucede no final do ano lectivo, CC. Gostei mais das duas obras anteriores, mas esta tem uma perspectiva sobre a pandemia e o mundo que lhe pertence, centrada em Espanha.
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