O barco, uma traineira pequenina veio andando devagar, quase de meio do estuário. Aproximou-se mais e mais da fina margem de areia, parecia prestes a encalhar. Lá de dentro um homem acenava, apenas um. Estaria talvez a sentir-se mal, pensei. Gritava qualquer coisa mas não se percebia bem. Preocupei-me com a manobra perigosa, com o pescador que a arriscava. Até que consegui ouvir o que dizia: olha o avô, aqui o avô!! Acenava e acenava mas era com alegria. Consegui então ver melhor, na estreita margem de areia uma mulher com uma criança ao colo, o bebé não conseguia ainda acenar mas a mãe fazia-o por ele. Que loucura trazer o barco até tão perto da margem para o neto o ver. Mas que loucura tão boa.
~CC~
Haja quem consiga preservar alguma loucura que lhe garanta sanidade. :)
ResponderEliminarAbraço, CC.
Pois é Deep, uma pequena dose de loucura faz tão bem...conheço tanta gente à qual faz falta.
ResponderEliminar~CC~