terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Mas que loucura tão boa...



O barco, uma traineira pequenina veio andando devagar, quase de meio do estuário. Aproximou-se mais e mais da fina margem de areia, parecia prestes a encalhar. Lá de dentro um homem acenava, apenas um. Estaria talvez a sentir-se mal, pensei. Gritava qualquer coisa mas não se percebia bem. Preocupei-me com a manobra perigosa, com o pescador que a arriscava. Até que consegui ouvir o que dizia: olha o avô, aqui o avô!! Acenava e acenava mas era com alegria. Consegui então ver melhor, na estreita margem de areia uma mulher com uma criança ao colo, o bebé não conseguia ainda acenar mas a mãe fazia-o por ele. Que loucura trazer o barco até tão perto da margem para o neto o ver. Mas que loucura tão boa. 

~CC~

2 comentários:

  1. Haja quem consiga preservar alguma loucura que lhe garanta sanidade. :)

    Abraço, CC.

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  2. Pois é Deep, uma pequena dose de loucura faz tão bem...conheço tanta gente à qual faz falta.
    ~CC~

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