A flor de sal não é uma flor mas uma pirâmide muito fininha de cristal, a boiar nas águas salgadas das salinas, tão estranhamente frágil quanto sólida. Entre os nossos dedos ou no limiar dos nossos lábios não se desfaz logo. Enquanto o sal se deposita em camadas no fundo, ela flutua solta, leve.
Forma-se nas horas de sol mais intenso entre os meses de Maio e Agosto, em Setembro já esfria um pouco, a não ser que o mês seja quente. Exige uma apanha manual e demorada, com um apetrecho próprio, num horário específico.
Tem a delicadeza das coisas belas que exigem cuidado, tempo, esforço. Diria que nisso é parecida às relações humanas, pelo menos com aquelas que perduram.
~CC~
E está na moda, a flor de sal. Dona de casa que se preze tem-na nem que seja apenas para temperar saladas e grelhados. O tempo quente é tempo de usar- mais - a flor de sal. Tem nome bonito e dá trabalho, como diz a CC. Digo eu que é quase toda feita de tempo artesanal, junta mãos humanas a trabalho da natureza. O resultado merece respeito.
ResponderEliminarSe merece! É essa a característica do que é artesanal, é único e irrepetível, por comparação ao industrial. Contudo, o primeiro esmagou completamente o primeiro, agora as coisas vão ressurgindo...mas mais do que de coisas, falava de pessoas, do trabalho que elas nos dão se as quisermos manter nas nossas vidas. Não chega apenas apreciá-las.
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