domingo, 20 de abril de 2025

É esse grão de loucura a cola que nos une

 

Paçoquinha e amores perfeitos são os meus doces desta Páscoa. Recém chegada não havia onde comprar folar e muito menos o cansaço acumulado me motiva à cozinha. E se estivesse lá sabem o que comeria? Bacalhau da Páscoa, é o o que se come na maior parte do Brasil nesta época (pelo menos em Pernambuco, o Brasil é tão imenso que talvez haja diferenças). 

Podemos ser iguais e ainda assim muito diferentes? Foi o que senti esta semana. Tal como acontece com os irmãos em que o sangue partilhado e o sangue singular tornam cada um único. E rejeitar as semelhanças é tão inadequado quanto o contrário. 

Voltando ao que une, uma boa dose de loucura alimenta por certo dois povos que escolhem para prato típico dos seus momentos religiosos e festivos um peixe que não existe junto das suas costas.

~CC~

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Ai se eu pudesse ganhar a vida só a observar...um abraço

      Eliminar
  2. Bem, parece-me que a Paçoca é um doce brasileiro de amendoim que nunca eu dei por se vender por cá. Mas com tanto brasileiro por aí admito que existam casas que os vendam. Amores perfeitos, que eu saiba, são flores. Imagino-a a comer a paçoquinha olhando os amores perfeitos.
    Gostei de ler o último parágrafo:). É peculiar usarmos um peixe que não existe nas nossas águas e a que outros povos dão pouca importância. Também desconhecia que o Brasil usasse na Páscoa o bacalhau. Muito nos conta.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Paçoca vende-se cá em alguns supermercados com produtos do Brasil mas é cara, enquanto lá é muito barata...é maravilhosa! Amores perfeitos são um doce do interior, feito com polvilho e leite de coco e fazem um pouco lembrar os nossos suspiros...até gosto. E agora já falta o tempo para contar mais...

      Eliminar

Passagens